domingo, 30 de janeiro de 2011

Segundos no camarim do Restart realizam desejo de fãs

A temperatura de 30 graus na área externa era como uma geladeira para quem entrasse no clube onde a apresentação do Restart estava marcada para às 20h, em Americana. No local, a maioria dos presentes notavelmente estava na faixa etária entre 13 e 17 anos, e a resposta se queriam entrar no camarim da banda seria “sim” se a pergunta fosse feita, não é difícil prever.

Uma grade, vigiada por um segurança, separava a área do palco de um corredor de espera para entrar no camarim. No corredor, mais uma grade e pelo menos três seguranças atrás dela. Tudo para garantir que o quarteto não fosse incomodado por quem gosta de sua música.
Das milhares de pessoas presentes, apenas duas dezenas conseguiram chegar ao tal corredor. A maioria, ganhadores de promoções que davam acesso ao camarim da banda. Na primeira grade, fãs se acotovelavam com pedidos para poder passar, sempre sem sucesso. Choro, esperança, cenas comuns.

Dentre os fãs que conseguiram chegar até o corredor de espera, estavam as duas ganhadoras da promoção do EPTV.com (foto), Thainara Cardoso, de 13 anos e Mariana Teixeira, de 17. Ansiosas, as duas aguardaram cerca de uma hora ali, até começarem a liberar a entrada no camarim, de cinco em cinco.
Na espera, as duas aproveitaram para trocar figurinhas sobre a banda e os gostos musicais. Tainara repetia, de tempo em tempo, “estou nervosa”. Compreensível, afinal, ela esperava que fosse desmaiar quando conseguisse estar frente à frente com o integrantes da banda. As tentativas já foram muitas, até grade de contensão tentou pular para ficar mais perto de Pe Lanza, Pe Lu, Koba e Thomas.
Ela carregava cartas e um pôster para levar para os integrantes. Durante a espera, se juntou as duas uma amiga de Mariana, Natalia. Carregava um boneco do desenho “Toy Story” que, segundo ela, era um presente para o vocalista Pe Lanza. Mesmo sem a pulseira que dava acesso ao camarim, queria crer que conseguiria. “Vou grudar no Pe Lanza e não soltar mais”, acreditava.
Aos berros, um segurança anuncia que a entrada no camarim começaria. Repetia incansavelmente que quem não tivesse a pulseira de cor roxa não entraria, para desespero de Natalia. Uma fila, com as poucas pessoas que estavam ali se formou, mas antes o aviso, também aos berros: “vocês vão ficar pouco tempo no camarim, o show está atrasado”. Cerca de cinco seguranças controlam a entrada dos fãs, de faixa etária entre 10 e 17 anos.
No fim, toda agonia e nervosismo se resumem em cerca de 60 segundos. Postados, mecanicamente, a interação dos integrantes da banda se restringe a ficarem parados e receberem abraços e beijos de quem acessa o desejado lugar. Um fotógrafo tira uma foto, que vai para o site oficial da banda e o sonho das meninas fica nisso. Uma fábrica para realizar os desejos dos milhares que queriam estar ali.
Thainara e Mariana saíram satisfeitas e já foram ajudar a colega Natalia que, sentada, chorava sem parar por não conseguir entrar. Uma foto mostrando o momento das duas no camarim não foi possível. A produção não permite. “Foi muito bom”, disse Thainara, sucinta, ainda processando o momento pelo qual havia esperado tanto tempo. Mariana e Thainara conseguiram uma foto e alguns segundos com os ídolos. É o que queriam.